No último post, prometi falar de alguns assuntos. Eu esperava estar de volta mais cedo, mas como não estive, vou ignorar aquelas promessas por enquanto. Muitos motivos estão por trás da minha longa ausência, mas há somente um que é a causa determinante do meu afastamento: uma crise prolongada de pessimismo.
Fui acometida, na primeira quinzena de janeiro, de uma certeza angustiante de que eu não era capaz de conseguir as coisas que queria - seja emagrecer ou qualquer outra coisa. O motivo não era nem incapacidade, mas sim preguiça de me comprometer com as coisas, medo de enfrentar desafios, e, principalmente, descrença em mim mesma.
Mas isso passou. Eu sei o que devo fazer pra combater esses problemas - simplesmente fazer o contrário. Vencer os medos, as preguiças e as descrenças. Como dizem, a melhor maneira de fazer uma coisa é ir lá e fazer. Não dá pra perder tempo pensando em pormenores. Sabendo disso, só falta o momento de levantar e decidir ir fazer o que eu quero. Até lá, sei que a minha vida vai continuar em modo pausa.
Mas só a minha vida; o tempo, não. Acabei de fazer vinte e dois anos e percebi que não posso viver nessas condições por muito mais tempo. Esse vai ser um ano de realizações. E já começou sendo de experiências.
Uma experiência inédita é a que estou vivendo nesse exato momento: a de morar sozinha. Não, infelizmente ainda não pude sair da casa da minha mãe e arranjar meu próprio canto. Mas é que a minha família viajou e eu tive que ficar, pois estou trabalhando. Devo dizer que a experiência de me virar sozinha - de dormir sozinha em casa, arranjar o que comer (sem saber cozinhar nada), dar um jeito de acordar sem ninguém me chamar - está me ensinando muito.
Além do aprendizado óbvio sobre independência, também estou aprendendo muito sobre mim mesma. Como é o meu jeito de viver quando posso exercê-lo em total liberdade; quais estratégias funcionam para organizar meu tempo e meus afazeres; entre outras coisas. Mesmo estando sozinha, não estou filosofando demais, como é minha inclinação habitual. Estou, pelo contrário, aprendendo os benefícios de ser prática.
Além de tudo isso, estou contando com o apoio de muitas pessoas. A minha avó, por exemplo, que me dá almoço. =P Mas não nesse sentido. Estou sentindo como nunca os meus pais me apoiando nas coisas que eu quero fazer, depois de tanto tempo sentindo que lutava sozinha contra tudo e contra todos (o que contribuiu pra essa minha 'preguiça' de fazer as coisas; tudo o que eu quis sempre foi tão difícil de conseguir).
Com o apoio das pessoas em volta e cada vez conhecendo melhor a pessoa que estou me tornando, agora que já abandonei de vez a adolescência (isso nem sempre é algo bem claro pra mim), esse ano promete ser cheio de mudanças de concepções, de padrões e de vários aspectos da minha vida. Haja coragem e energia!
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Coisas inacreditáveis
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Sara,
De vez em quando é bom agente ter essas auto afirmações..
:*
Que ótimo menina! Quando fiz 18 anos decidi que ia trabalhar - fui ser caixa de supermercado. Já viu né? Foi uma experiência enriquecedora (mas nunca mais quero isso pra minha vida) precisei amadurecer alguns "pre-conceitos" e isso foi muito bom. Trabalhar nos deixa mais motivados pois nos sentimos "donos" do próprio nariz. Quer uma dica? Aventure-se na cozinha. Comece pelo básico faça um arroz, omelete, cozinhe legumes. Aprenda a se virar nesse aspecto da vida vai ser até mais fácil para seguir a dieta. Aproveite o tempinho livre e peça uma ajuda pra vó.
E continue firme tb passo por um momento "down", mas não podemos deixar a peteca cair!
Postar um comentário