quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Coisas inacreditáveis

No último post, prometi falar de alguns assuntos. Eu esperava estar de volta mais cedo, mas como não estive, vou ignorar aquelas promessas por enquanto. Muitos motivos estão por trás da minha longa ausência, mas há somente um que é a causa determinante do meu afastamento: uma crise prolongada de pessimismo.

Fui acometida, na primeira quinzena de janeiro, de uma certeza angustiante de que eu não era capaz de conseguir as coisas que queria - seja emagrecer ou qualquer outra coisa. O motivo não era nem incapacidade, mas sim preguiça de me comprometer com as coisas, medo de enfrentar desafios, e, principalmente, descrença em mim mesma.

Mas isso passou. Eu sei o que devo fazer pra combater esses problemas - simplesmente fazer o contrário. Vencer os medos, as preguiças e as descrenças. Como dizem, a melhor maneira de fazer uma coisa é ir lá e fazer. Não dá pra perder tempo pensando em pormenores. Sabendo disso, só falta o momento de levantar e decidir ir fazer o que eu quero. Até lá, sei que a minha vida vai continuar em modo pausa.

Mas só a minha vida; o tempo, não. Acabei de fazer vinte e dois anos e percebi que não posso viver nessas condições por muito mais tempo. Esse vai ser um ano de realizações. E já começou sendo de experiências.

Uma experiência inédita é a que estou vivendo nesse exato momento: a de morar sozinha. Não, infelizmente ainda não pude sair da casa da minha mãe e arranjar meu próprio canto. Mas é que a minha família viajou e eu tive que ficar, pois estou trabalhando. Devo dizer que a experiência de me virar sozinha - de dormir sozinha em casa, arranjar o que comer (sem saber cozinhar nada), dar um jeito de acordar sem ninguém me chamar - está me ensinando muito.

Além do aprendizado óbvio sobre independência, também estou aprendendo muito sobre mim mesma. Como é o meu jeito de viver quando posso exercê-lo em total liberdade; quais estratégias funcionam para organizar meu tempo e meus afazeres; entre outras coisas. Mesmo estando sozinha, não estou filosofando demais, como é minha inclinação habitual. Estou, pelo contrário, aprendendo os benefícios de ser prática.

Além de tudo isso, estou contando com o apoio de muitas pessoas. A minha avó, por exemplo, que me dá almoço. =P Mas não nesse sentido. Estou sentindo como nunca os meus pais me apoiando nas coisas que eu quero fazer, depois de tanto tempo sentindo que lutava sozinha contra tudo e contra todos (o que contribuiu pra essa minha 'preguiça' de fazer as coisas; tudo o que eu quis sempre foi tão difícil de conseguir).

Com o apoio das pessoas em volta e cada vez conhecendo melhor a pessoa que estou me tornando, agora que já abandonei de vez a adolescência (isso nem sempre é algo bem claro pra mim), esse ano promete ser cheio de mudanças de concepções, de padrões e de vários aspectos da minha vida. Haja coragem e energia!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo!

Não escrevi post depois do Natal, não fix reflexões, nada, nada. Nesses últimos dias andei cedendo àquela vontade, sempre presente e com a qual travo uma batalha diária, de me anular, só dormir, sumir, esquecer de tudo. Tava pensando sobre isso outro dia, sobre esse grande medo que eu sinto de mudanças, do tempo que passa, das coisas que eu deixo de fazer. É medo, um medo fantasiado de preguiça. Que me obriga a me esconder de tudo e de todos. E nas férias, eu já cansei de dizer aqui, isso piora.


A impressão que eu tenho, quando paro para analisar as coisas friamente, é que o que eu queria, realmente, era que tudo parasse um pouco para eu poder descansar. Mas descansar do quê, criatura? Se eu nunca faço nada, se eu fico sempre me escondendo, com a mesma preguiça de pretexto, se eu passo minhas tardes dormindo e me obcecando pelas coisas?

Eu me conheço e eu sei que isso foi se desenvolvendo aos poucos ao longo dos últimos dez anos. (Sim, tem data e motivo.) Vai se fechando um ciclo de dez anos, agora, quando eu fizer aniversário (17 de janeiro). A maioria das coisas que me fez ficar assim já nem existem mais, ou pelo menos não com a mesma intensidade. Mas parece que ainda estou lá, há dez anos atrás, esperando os problemas passarem para poder seguir com a minha vida. Só que o tempo, infelizmente, é implacável, e não pára. Dez anos passaram, um monte de coisas mudaram, e cá estou eu, passivamente esperando que tudo passe e eu possa ficar em paz. Pena que não é assim que funciona.


Ano passado, nas últimas semanas de dezembro, fiz dezenas de planos. Decidi que eu ia vencer esse problema, essa preguiça/medo que me impede de seguir com a minha vida. Prometi pra mim mesma ser corajosa, deixar a minha vida seguir seu rumo sem tentar segurá-la como vinha fazendo. Planejei um montão de coisas que queria fazer em 2008.


Como acontece com a maioria das listas de promessas de ano novo - sejamos sinceros -, não consegui cumprir tudo o que tinha planejado. Mas sei que me esforcei. Me esforcei para ser mais corajosa, pra tentar mudar as coisas que considero erradas na minha vida, e consegui fazer alguns progressos significativos.


Para 2009, só o que quero é continuar tentando - e conseguindo - ser corajosa. Nas férias fica mais difícil - mas para tentar combater o problema, criei o desafio de férias. Mas quero vencer a luta contra mim mesma quando essa preguiça e esse medo (e também a compulsão, sempre ela) tentarem me dominar. 2008 foi bom, um grande começo, mas em termos de resultados práticos só me ajudou a perceber algumas coisas e a me conhecer melhor. Espero, munida disso tudo, vencer de verdade esses problemas nesse novo ano, e manter a coragem e a determinação para vencer os próximos que virão (afinal, é de vida real que estamos falando aqui). E pra vocês desejo a mesma coisa: tudo de bom, felicidade, amor, etc etc mas, acima de tudo, muita coragem. Sem ela, não conseguimos lutar pelo resto. Feliz Ano Novo! *

No próximo post, no ano que vem: logoterapia, música e twilight: minhas distrações solitárias das últimas semanas.

Desespero

Ali ao lado tem um registro das minhas pesagens. Pois então. Desde a última data que ali consta, eu não tinha voltado a me pesar. Só que eu pedi às participantes do desafio que se pesassem e me enviassem o peso até ontem, para eu colocar no post de início do desafio, amanhã. Como também sou uma participante, aproveitei uma passada no supermercado para me pesar.


A balança onde eu sempre me pesava fica numa farmácia lá na PUCRS, onde eu só vou voltar a partir da semana que vem (quando começar a trabalhar naquela bolsa da qual falei no post passado, há teeempos atrás). Nunca tinha me pesado naquela balança do supermercado, que fica na rua ao lado, e pensei, "quem sabe passo a me pesar aqui, de agora em diante?" Pois bem. Apoiei minha bolsa em qualquer lugar e subi. Eu não acreditei no que vi. A balança marcou 86,000kg.


86kg é o meu peso inicial, o peso que está ali na regüinha, um peso que eu acho que não tinha tido esse ano, conforme podem ver ali nas pesagens. Só tem um problema: não pode ser verdade.

Tá certo que faz mais de um mês e meio que não me peso, e que isso aconteceu exatamente porque tenho tido problemas para controlar a alimentação. Só que eu não posso ter engordado quase nove quilos em um mês e meio. Não foi um descontrole tão grande assim.


O pior de tudo é a marca: exatos oitenta e seis quilos, sem uma graminha a mais ou a menos. Parecia brincadeira, pegadinha, uma peça pregada em mim. Por que exatamente esse número, do qual tenho tanto trauma, aquele que eu tinha prometido a mim mesma nunca mais ver no display da balança? Podia ser 85,900, podia ser 86,500, qualquer coisa. Mas 86,000kg simplesmente não parecia real.


É difícil argumentar contra a balança, afinal, eu não tenho como ter certeza de que ela está errada. Eu convivo com meu rosto, meu corpo, tudo em mim todos os dias; eu não consigo notar a diferença tanto assim. Quando emagreço eu noto, mas agora eu afirmo que não notei diferença em mim que me fizesse acreditar que engordei, ou pelo menos, que engordei tanto. As calças 44 que eu tinha voltado a usar continuam servindo, o anel continua caindo do dedo que eu usava antes. Sempre há uma chance de o peso que eu recuperei ter ido parar em outros lugares, mas, se estamos falando de quase nove quilos aqui, e eles estivessem localizados em apenas um ou dois lugares, bem, por favor, eu teria notado.


Conclusão: me recuso a acreditar no que vi ontem. Parecia uma alucinação, parecia um pesadelo. Já sonhei, nesses meses, várias vezes com isso; subir na balança e ela acusar 86kg. Sei que era verdade, eu saí dali direto para os corredores, peguei uma lentilha conforme minha mãe tinha pedido, paguei por ela e nesse momento ela está dentro da panela perfumando a casa toda. Mas me recuso a acreditar no resultado da balança.

Além da suposta desregulagem da balança, diversos outros motivos podem ter interferido para o resultado que eu tive que encarar, e isso me dá alguma esperança de que o resultado real seja diferente. Mas eu sei que só vou acreditar quando quem me disser for a balança que eu me pesava sempre. Mas aí a paranóia toma conta: como é que eu vou saber se a balança de lá não pifou, se não trocaram, se...?


Decidi que, mais do que nunca, preciso comprar uma balança. Qualquer uma. E começar meu controle de peso de novo, segundo ela, e sempre a mesma. Sem roupa, em jejum, de manhã cedo, como dizem que deve ser. Vou ver se providencio isso o mais rápido possível. Enquanto isso, fico num impasse: que peso devo colocar como meu inicial no desafio? 86kg ou o último que tinha pesado? Tenho medo de ir em alguma outra balança e ver o mesmo resultado. Não sei o que devo fazer. Mas vou resolver.

Pelo menos, o que aconteceu ontem serviu para uma coisa: me fez pensar muito, refletir muito. Me fez ver que não é isso que eu quero pra mim - esse eterno engorda-emagrece que só faz acabar com as minhas energias. Isso tudo vai coincidir com o início do desafio, amanhã: eu vou, como se diria em inglês, get a grip. Ou seja, conseguir me controlar. Eu sei que eu posso. Todas as vezes que algo dá errado eu sempre choramingo que "não consegui", "não deu", mas eu sei que isso não é verdade.

Todas as vezes que eu cruzei a linha do descontrole eu passei primeiro por um momento em que tive que conceder, que decidir "tá, eu vou comer isso, vou comer aquilo". Com desculpas das mais diversas: "é domingo", "meu irmão tá aqui", "tá tão bom", etc. Vocês todas conhecem o grande arsenal de desculpites que sacamos da manga quando queremos perder o controle. Isso nunca tinha ficado tão claro pra mim: que todas as vezes que eu me descontrolei, eu quis me descontrolar. Talvez esse querer seja algo doentio, algo insano, deve ser, auto-destrutivo, inconsciente, compulsivo, seja o que for. Em todo o caso, ainda sou eu. Ainda são meus pensamentos, minhas vontades. E, bem, se está dentro de mim, tem que haver um jeito de eu controlar. E é em busca desse jeito que eu parto amanhã, junto com as quase vinte outras meninas que se inscreveram no desafio, cada uma com o seu objetivo. *

sábado, 20 de dezembro de 2008

Três motivos para estar orgulhosa de mim mesma

Hoje venho postar bem orgulhosa, pois ganhei um prêmio da Zenaide. Muuuito obrigada!!




"Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web."

Regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;
3) Escolher 15 outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos;
4) Avisá-los.


Bom, não vou ter 15 blogs pra indicar, porque muita gente que eu queria indicar já ganhou. As que vou indicar também já devem ter ganhado, só não publicaram ainda... Mas vou indicá-las mesmo assim: Nana, Gabi, Denny, Marcela, Daniele (não consigo entrar no teu blog pra te avisar...), Grace, Taiane e "Eu Mesma" (como é o teu nome, mulher?).
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O segundo motivo de estar orgulhosa de mim mesma é que decidi que as minhas duas últimas semanas desse ano serão ótimas, ou seja, não vou aceitar desculpinhas do tipo "é a semana do Natal" ou nada assim e avacalhar a minha alimentação como tenho feito nas últimas semanas. O que acontece é que eu sempre acabo triste, me sentindo um lixo e etc. Hoje minha alimentação foi perfeita e vai continuar assim. Às vezes me bate uma dúvida, será que vou conseguir? Mas eu preciso acreditar mais no meu poder de decisão. Não posso deixar a dúvida me incomodar, me deixar insegura e muito menos servir de motivo pra justamente fazer o que eu não quero - não conseguir.


O terceiro motivo é que eu consegui ser selecionada para uma bolsa (quase dá pra chamar de "estágio") lá na Letras que eu almejava desde o início do curso, mas nunca tinha tido coragem de tentar... Tinham outros empecilhos também. A verdade é que eu me sinto orgulhosa por finalmente ter tido coragem de lutar pelos meus interesses (não é só quanto a emagrecimento que eu sou covarde) e por ter vencido. Uma grande amiga também foi selecionada, e as meninas que nos receberam foram uns amores. Só sei que me senti muito bem, senti que vai ser algo grande na minha vida. Senti que esse ano que vem vai ser muito importante. *

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mas, bem, e o resto?

Nessas de ir e voltar, escrever com pressa e várias ausências, faltou falar um pouco sobre como estou de uma forma geral. Bom, em primeiro lugar, o que mais me atormentava: a faculdade. Consegui, sim, fazer tudo o que tinha que fazer e passei muito bem em todas as disciplinas que fiz. Minha nota mais baixa foi 9,5.

E daí começaram as férias. O que fiz primeiro foi dormir, dormir muito, a noite toda, várias manhãs, algumas tardes. Pus em dia todo o meu sono, que tinha sido prejudicado com as correrias de final de semestre. Nos intervalos, assisti à monografia de uma amiga que está se formando em Jornalismo e participei de um amigo secreto divertidíssimo com as minhas colegas. Imaginem onze mulheres aos gritos e risadas...

Tive, como já sabem, alguns problemas em controlar a alimentação. Meu primeiro reflexo na recepção das férias, por assim dizer, foi querer "férias de tudo". Relaxei total em tudo. Mas, como vocês também já sabem, eu não consigo me sentir bem quando não controlo minha alimentação, e isso fez eu me sentir mal. O que também contribuiu para as várias horas de sono, já que a vontade era apagar geral, sumir. Ou seja, comecei a entrar naquele estado que eu descrevi, aquele que desejo combater com...

Entrem já! Espero todas lá!

Na falta de ânimo e sentido, me pus a ler, com muita calma e sem pressa, um livro indicado pelo professor de Filosofia, naquela aula da qual falei aqui. A disciplina era Ética e Cidadania, mas a aula era de Filosofia e o teórico usado para a aula em questão, sobre o sentido da vida, foi um psicólogo. Esse psicólogo, chamado Viktor Frankl, foi prisioneiro em campos de concentração durante a segunda guerra e escreveu esse livro, chamado Em busca de sentido - Um psicólogo no campo de concentração. Além de contar suas experiências, o autor faz uma análise psicológica do comportamento dos prisioneiros e das seqüelas que eles sofreram com a experiência no campo. Ele ainda fala dos princípios básicos da sua linha teórica, a logoterapia, mas eu ainda não cheguei nessa parte...

Hoje estou melhor, controlando aos poucos a alimentação. Comprei maçã e pêssego, frutas que eu adoro, pra adicionar um lanche nas tardes (que, nas férias, podem ser bastante tediosas às vezes, e levar a impulsos desastrosos...) Agora há pouco montei a árvore de Natal com meus irmãos pequenos, ficou linda, mas as luzinhas estragaram... Vou ter que comprar outras, mas acho que vou amanhã. Agora tá me dando preguiça, uma vontade de deitar com meu livrinho e relaxar... Até mais. *

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Desafio no ar!



Eu não gosto de vir escrever aqui quando minha alimentação está ruim, descontrolada. É vergonha, eu acho. Mas também me sinto mal em ficar me escondendo. Porque, na verdade, é de mim que eu me escondo quando não venho aqui escrever.

Desde umas duas semanas antes do fim do semestre e agora, nessa primeira semana de férias, minha alimentação está terrível, totalmente sem estribeiras. Tem várias justificativas e não tem nenhuma. O pior é que eu passo os dias pensando em como eu gostaria de estar comendo direito, emagrecendo, de já ter começado a caminhar. E aí quando tento controlar vem aquele pensamento de que eu já perdi quase a semana inteira mesmo, então por que controlar hoje?

Já escrevi aqui mil vezes sobre essa contradição que eu vivo, essa briga de vozes contrárias dentro da minha cabeça, me enlouquecendo. Se vocês clicarem ali na tag "compulsão", lerão diversas ladainhas sobre isso. Mas hoje não estou a fim de escrever mais uma delas. Ladainhas são perda de tempo. Se há alguma coisa que valha a pena fazer é agir. Sem ladainhas.

É por isso que, sem dizer muito mais, informo que agora estou de volta pra valer, com direito a desafio no ar. Lembram, que eu tinha dito que estava pensando em fazer um desafio? Que fiquei prometendo? Agora já tá lá, e convido todo mundo a participar: http://desafio-ferias.blogspot.com/

Como eu já tinha dito, é um desafio simples, que quase todo mundo pode seguir. Estou esperando as inscrições de todas vocês! E podem esperar minha visita também, porque agora estou de volta mesmo. *

sábado, 29 de novembro de 2008

De volta!

Depois de dias infernais, em cima do computador (e eu e ele em cima da cama, do sofá, no chão, dormindo um em cima do outro...), depois de noites em claro intercaladas com noites mal dormidas, depois de muito desespero e trabalho duro, estou quaaaaaase de férias. Falta agora só terminar de apresentar a peça na aula de Inglês, segunda-feira.

Me sinto tão bem! Sinto que finalmente vou me organizar. No fim do semestre, a pessoa não tem tempo pra absolutamente nada que esteja desligado da faculdade. Ou seja: minha vida, meu quarto, meu computador, minhas coisas em geral: está tudo uma bagunça sem fim, infernal! Meu cabelo tá um caco, implorando por um corte! Minhas unhas um lixo, quebrando por nada! O stress fez atacarem todas as minhas alergias!

Mas chega de reclamar! Esse vai ser um fim de semana mil vezes mais tranqüilo e vou ter tempo, finalmente, de fazer alguma coisa por mim - inclusive não fazer nada! Vou poder também voltar a escrever no blog, fazer layout novo, finalmente fazer o desafio, e tudo o mais. Agorinha ainda visitei uns blogs. Não sei se senti mais falta de escrever ou de ler! Mas o que importa é que estou de volta! Me aguardem! *

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Os Fatos

Me arrependi incrivelmente de ter vindo aqui dizer que colocaria o desafio no ar no sábado. Como eu pude pensar que seria possível? Vejam bem minha programação para essa semana e me digam se é possível que eu consiga fazer qualquer outra coisa além de trabalhar arduamente nos meus deveres acadêmicos:

Segunda-feira:
- Prova de Sintaxe (Língua Portuguesa); (Já foi!)
- contar a históia da peça The Matchmaker, de Thornton Wilder, na aula de Inglês Avançado I. (Não foi ainda... a aula acabou bem no meio da minha apresentação e vou ter que continuar na próxima segunda!)
Terça-feira:
- Entregar e apresentar um ensaio sobre a Capitu, mostrando a personagem na criação original de Machado de Assis (Dom Casmurro) e na recriação de Fernando Sabino (Amor de Capitu).
Quarta-feira:
- Prova de Inglês Avançado I.
Quinta-feira:
- Entregar e apresentar o Projeto de Ensino em Língua Inglesa.
- Apresentar um pôster sobre aquele trabalho que eu fiquei tão aliviada de apresentar na semana passada na cadeira que eu tenho à noite.
Sexta-feira:
- Entregar uma versão escrita e fazer uma apresentação oral sobre Bioética na cadeira de Ética e Cidadania.

Estou completamente fora da blogosfera e fora do mundo todo essa semana. Minha mãe brigou comigo porque eu não sabia que dois bancos tinham se fundido, que eu não posso ficar alienada assim, mas não é uma questão de escolha, infelizmente.

Ou seja... Não confiem nas minhas promessas quando forem feitas em períodos letivos e, principalmente, em finais de períodos letivos. Ou melhor ainda: não vou prometer mais nada. Quando eu puder, colocarei o desafio no ar, trocarei o layout desse blog, voltarei a postar com uma freqüência mais aceitável e visitarei todo mundo. Quando eu puder... Prometo. *

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Na Corrida

Cheia de trabalhos, provas, preocupações, stresses e incomodações de todo tipo. Todo tipo.
Trabalhando (quando dá!) no blog do desafio (posts mais pra baixo). Espero estar com tudo pronto no sábado!
Encaminhando a realização de várias coisas da lista do post debaixo.
Apesar do cansaço, do desânimo e da preguiça usuais de fim de semestre, estou pensando muito positivo e fazendo planos para o futuro (e um ótimo futuro).
Que mais? Bom, vou visitar vocês e tentar deixar comentários pra todas. Rezem para que eu não durma em cima do computador!

Vi uma balança no supermercado por R$29,90. É analógica e diz que pode ter uma imprecisão aproximada de um quilo. Se eu for me pesar sempre nela tudo bem né, porque o que conta vai ser ver a diferença... não? Procurei ela na internet, mas o super não tem site com produtos e (até por não lembrar a marca) não pude achá-la em outros sites. Mas é bem parecida com essa:



Será que vale a pena comprar? *

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Coisas a fazer

Coisas que quero fazer até o final do ano:
- Emagrecer mais, se possível virar o ano com 75kg ou menos!
- Auto-escola. Quero saber dirigir e ter carteira mesmo sem ter carro por enquanto.
- Entregar meu relatório de conclusão do curso técnico de Sistemas de Informação (um dia conto a história disso...) e finalmente me formar nesse troço!
- Pegar minha bicicleta, que está guardada na garagem da minha tia. Já decidi que quando entrar em férias vou começar a me exercitar, e bicicleta é meu exercício favorito. Não que eu pratique muitos tipos, só fui em academia uma vez, há bastante tempo, e não gostava muito; natação e hidroginástica eu acho que ia gostar, mas não sei se ia ter grana suficiente por agora. As opções mais convenientes no momento são caminhada e bicicleta, tenho um parque a três quadras de casa. Ainda não peguei a bicicleta porque parece que tem um problema na porta da garagem, que se abrir não fecha, minha tia ficou de avisar quando der pra buscar a bike...

Coisas pra fazer nas férias:
- Quero cuidar mais da minha alimentação. Por enquanto só estou diminuindo as quantidades, mas nas férias, com mais tempo, quero planejar melhor o que vou comer. Quero inserir dois lanches no dia, pois por enquanto estou fazendo só três refeições. Vou passar a tomar um yakult como lanche da manhã, provavelmente, ou algo que ajude o intestino a funcionar melhor, porque ele não anda muito bem. À tarde quero colocar uma porção de fruta, não tenho comido nenhuminha, quando muito uma banana. Quero também comprar outras verduras, fazer saladas diferentes. Com tempo, vou pesquisar tudo isso pra adaptar no meu cardápio.
- Como já disse, quero começar a me exercitar.
- Vou me obrigar a sair mais de casa do que costumo quando estou em férias.
- Vou ver mais filmes, ver se leio livros interessantes (sempre me dá preguiça nas férias, porque já leio muitos durante o semestre), se baixo músicas diferentes.
- Vou marcar e ir a todos os médicos a que estou precisando ir: oftalmologista, dermatologista, dentista... Quem sabe uma psicóloga? Pra ver sobre a compulsão? Será que eu consigo?

Coisas que quero comprar:
- Uma balança. Quero ter a minha própria balança pra nunca mais descuidar do peso. Pra poder me pesar sem roupa, de manhã cedo, em jejum, e nunca mais ter dúvidas sobre quanto a roupa que estou usando pesa, se devo descontar, se não devo (ver enquete da Verônica).
- Canetas. Umas canetas hidrográficas, de ponta fina, que eu sempre sonhei em ter quando não podia comprar e nunca comprei depois que passei a poder. É uma mania que eu tenho por canetas, desde a infância e a adolescência. Quero comprar também outras coisas de material escolar. Um dia vou numa livraria sem limite de grana pra gastar, comprar coisas pro próximo semestre mas também pra mim. Não sei quando, mas um dia.
- Roupas. Saí esses dias, comprei cinco blusas. Nem experimentei calças, mas graças a Deus sei que já posso experimentar as 44, estava usando 46 (e tem uma calça desse número que ainda uso). O problema pra mim são as blusas mesmo, porque os lugares onde retenho mais gordura são os seios, a barriga e os braços. Os seios, principalmente. Comprei cinco blusas, sendo que duas eram iguais, só mudando a cor (quando acho uma que fique decente, compro duas, acaba tendo que ser assim!) e outras duas também são muito parecidas entre si, e da mesma cor. A quinta ficou feia nos braços... Fazer o quê? Logo espero ter mais facilidade pra encontrar blusas...

Poderia ficar nessas listas pra sempre, mas agora não vai dar; por enquanto meu tempo ainda está curtíssimo e só posso, no máximo, listar tudo o que gostaria de fazer! *

sábado, 15 de novembro de 2008

Dia um, semana sete

É uma vergonha ter passado todos esses dias afastada do blog. Uma vergonha! Acontece que essa semana foi a mais infernal do semestre até agora, tempo livre simplesmente não existiu. Mas assim, em fatos rápidos:

- Minha alimentação essa semana não foi nada boa. Depois de ter me controlado, como falei no último post, o stress se tornou uma desculpa fácil para me descontrolar em outros dias. Mas não quero falar disso: página virada. Hoje é dia um de novo e essa semana vai ser ótima. Prometo. (Pra mim, mas vocês podem me cobrar também!)
- Estou doida pra fazer um novo layout pro blog e já estou trabalhando num layout pro blog que vou fazer para o desafio. Porque agora que as pessoas se interessaram eu me empolguei; logo vou abrir o blog e as inscrições.
- Consegui finalmente fazer e já apresentei o trabalho para a cadeira de quinta de noite. Ou seja: posso voltar a viver. (Embora as próximas encrencas já estejam dobrando a esquina...)
- A Márcia perguntou se eu estudo na USP; não. Estudo na PUCRS. Como diria (ou melhor, escreveria) uma colega minha, sou gauxa.
- Ontem foi aniversário do meu irmão, ele fez cinco anos. Eu e a minha mãe passamos a manhã inteira na escolinha dele, porque teve festinha. Enchi tanto balão que me senti sem fôlego o resto do dia... (Exagerada.)

Talvez vocês não saibam quem é John Frusciante, mas o fato de ele existir me faz uma pessoa mais feliz. Em janeiro, dia 20 (três dias depois do meu aniversário), ele vai lançar seu disco novo. E agora ele tem um blog. O primeiro post é a coisa mais maluca que alguém já escreveu em um blog (bem a cara dele).

Por enquanto me vou, tenho muitas visitas a fazer. (Não vou nem dizer que também tenho muitos afazeres acadêmicos, porque, nessa época, isso é fato subentendido.)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Inferno semestral

O último mês do semestre em uma universidade é um espetáculo caótico.
A biblioteca enche, e não funciona direito. Os livros somem. São emprestados, quando devolvidos não voltam aos lugares. Os bares esvaziam, ninguém mais tem tempo de jogar conversa fora. Os professores correm em seus cronogramas. Os alunos infreqüentes aparecem como se fosse semestre novo. Os dedicados ficam à beira de ataques de nervos. É comum ver pessoas chorando nos banheiros, gritando pelos corredores, rindo de nervoso, comprando remédios para dor de cabeça na farmácia.
Resumindo, ficam todos endiabrados.

Até o Beck.

Eu, por exemplo.
Ainda se eu conseguisse ficar vinte e quatro horas por dia trabalhando nas coisas que preciso fazer... Mas não. Eu travo. E aí é que mora o perigo. Os prazos ficam me atormentando, me esmagando como aquelas paredes de desenho animado, que vão fechando em volta do protagonista. Felizmente, como nos desenhos, eu geralmente consigo resolver tudo.
Geralmente.

Sobre o shopping, eu fui. Comi bonitinha, comi massa, mas comi pouquinho. Com coca light, me sentindo a coisa mais bonitinha e comportada do mundo. Mas aí as pessoas comendo, comendo, comendo doce... Acabei comendo um sundae de banana caramelada. Eu amo banana, é algo muito sério. Muuuito sério. Se eu tivesse ficado nisso, tudo bem. O problema é que eu tenho um problema. Que me impede de fazer pequenas concessões, de racionalizar. Um problema que diz: enfiou o dedinho na jaca? Não tem perdão. Agora tem que enfiar o pé inteiro.

Daí pra fazer a jaca de sapato a semana inteira é um passo - mas não. Eu decidi que hoje ia me controlar, e seguir firme até o fim da semana. Afinal, se eu perdi o domingo, é só um dia perdido. Não tem por que perder a semana inteira. Foi difícil. À tarde, na faculdade, presenciando todo aquele show de horror de fim de semestre, pensamentos engordativos boiavam na minha cabeça se fazendo de bóias pro meu afogamento acadêmico. Mas consegui me controlar. Consegui.

Leiam o post do desafio, logo abaixo! Estou cada vez mais animada a criá-lo, e espero por mais pessoas interessadas e por sugestões! *

domingo, 9 de novembro de 2008

Desafio: Férias Sob Controle

Ando vendo vários desafios em blogs por aí e acho a idéia ótima, acho que é uma motivação a mais e uma maneira de não se sentir sozinha na luta. O único motivo pelo qual ainda não entrei em nenhum foram as regras, sempre tem alguma que eu não tenho como cumprir (como a atividade física, que por enquanto não tá dando tempo).

Estou pensando então em criar um desafio para as férias, algo bem simples que seja fácil de seguir para a maioria das pessoas. Aí comecei a pensar como podia ser esse meu desafio, e pensei logo num grande desafio, na prática, pra mim: controlar minha alimentação durante as férias. É triste e vergonhoso pra mim dizer isso, mas a verdade é que, se eu não tenho uma rotina que me obrigue a sair de casa todos os dias, minha tendência é ficar em casa, pegando pó.

E aí dá pra imaginar: uma pessoa que não sai de casa não tem motivos pra cuidar do cabelo, nem da pele, nem das unhas, nem de absolutamente nada. Usa só pijama o dia inteiro e o mais longe que vai é ao supermercado. Não tem novidade nenhuma, ninguém diferente pra conversar, pouca ou nenhuma distração. E aí o que acontece? A comida se mostra a mais compreensiva, cômoda e convidativa alternativa. Afinal, é um conforto ter uma "distração" que não exija que você faça nenhuma dessas coisas que acabo de citar, como se cuidar, se arrumar.

Isso é o que costuma acontecer nas minhas férias. E, no verão, eu tenho TRÊS meses de férias. Agora, com essa mudança de perspectiva e com a determinação que estou tendo, me sinto capaz de lutar contra a compulsão, que é sem dúvida o que me faz, direta ou indiretamente, me trancar em casa da maneira que descrevi e abandonar qualquer tentativa de controlar o que como. Em todo o caso, achei que era um ótimo tema para um desafio: se controlar até nas férias, sem rotina. Claro que eu sei que muitas pessoas trabalham nesse período e não têm férias, mas isso não seria um impedimento, a princípio ninguém seria barrado.

O objetivo seria simplesmente se comprometer a seguir a dieta, reeducação alimentar ou programa de controle que você já segue normalmente, durante os meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. No início de março, quem tiver perdido mais peso vence o desafio. Estou pensando em um prêmio; que tal um layout de blog? Podem me dar sugestões! E digo mais; penso em criar uma meta global (do tipo uma certa quantidade de quilos a serem perdidos somando-se o peso eliminado de todas as participantes), que, se for atingida, resultará em algo a ser feito, algo que beneficie alguém, por exemplo. Aceito sugestões!) Isso poderia aumentar o empenho de todo mundo, já que, além de perder peso e vencer o desafio, todo mundo vai querer que a meta global seja cumprida.

Mas e então, alguém aí estaria disposta (ou disposto, quem sabe?) a participar de tal desafio? Quem quiser, põe o dedo aqui, que já vai fechar!

Lembram disso? Tão infância!

sábado, 8 de novembro de 2008

E agora?

Meu pai acaba de me dar uma notícia perturbadora: vamos todos almoçar no shopping amanhã. O que fazer?

a) Dar um jeito de não ir (posso alegar que tenho muitas tarefas acadêmicas e preciso ficar fazendo meus trabalhos e lendo meus livros);
b) Sair agora à cata (ou seja, internet) pra saber que estabelecimentos no dado shopping poderiam me oferecer alguma refeição que não pesasse muito nem no estômago nem na consciência;
c) Almoçar tranqüilamente o que os outros forem comer e tentar lidar com isso o resto da semana;
d) Outros.
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Notei que algumas pessoas que começaram a me ler recentemente não entenderam bem meu "dia oficial da jaca permitida", então resolvi explicar. Meu controle é um esquema semanal que começa no sábado, o dia um. No dia sete, sexta, tenho uma "folga", que é um dia em que eu posso comer coisas que não poderia nos outros dias. É um dia livre, mas não totalmente livre. Não conto as calorias que consumo nesse dia (até por medo de saber quantas). Nos outros seis dias, o limite é de 800kcal.

Eu sofro do transtorno do comer compulsivo, do qual vivo reclamando constantemente, e por isso é muito difícil pra mim manter uma dieta. Claro que é difícil pra todo mundo, mas os "sintomas" são um tanto quanto agravados pelo transtorno. Além das trilhões de tentações com as quais qualquer pessoa que está tentando emagrecer precisa conviver todos os dias, uma pessoa com o transtorno ainda tem que lidar com pensamentos auto-sabotatórios, pensamentos contrários a tudo o que você acredita, mas que podem fazer você cometer as maiores loucuras alimentares. Coisas insanas, do tipo matar aula pra ir no shopping comer alguma coisa (sem estar com a mínima fome). Eu não saberia contar quantas vezes fiz isso na vida.

Por isso, o sétimo dia é importante no meu programa de controle, por enquanto. Eu consigo driblar vontades aterradoras com a desculpa "vou comer isso na sexta-feira, então não preciso comer agora". Às vezes essa vontade é uma barra inteira de chocolate, que eu "pago" na sexta-feira com um bombom. Na maioria das vezes, quando a sexta chega, eu nem lembro mais o que tinha desejado comer. Esse dia também é importante para acalmar aqueles pensamentos de "quando vou poder comer uma pizza de novo na minha vida?". Se eu quiser comer pizza, na sexta eu posso.

A sexta acaba sendo sempre um dia meio confuso, como foi ontem. Na maior parte do tempo eu fico me perguntando se precisava mesmo desse dia (embora nos outros dias eu tenha certeza de que preciso dele). Fico pensando "eu seria totalmente capaz de sobreviver hoje me controlando como nos outros dias". Mas mesmo assim sempre acabo comendo um pouco mais do que acho que deveria, mesmo pra um dia "livre".

Em todo o caso, a sexta-feira continua sendo o dia oficial da jaca permitida e assistida. Ou o que for. E eu continuo querendo saber o que fazer amanhã. E continuo, também, com o fim de semana atolado de afazeres acadêmicos. É a vida... *

Edit: Estava bem nervosa na hora que escrevi o post, preocupada com o lance de almoçar fora amanhã. Acontece que eu tenho problemas em me controlar quando como fora. E acontece também que, só de pensar que no dia seguinte ia ter que lidar com isso, me deu uma ansiedade maluca, que imediatamente acordou aquela vozinha que começou a dizer "aproveita e tira uma folga no fim de semana". Ela rapidamente elaborou uma lista de tudo o que tinha lá na cozinha que eu pudesse querer e começou a cochichar no meu ouvido. E eu discutindo que não, que se for pra enlouquecer, que seja só amanhã, que é o dia "problema", não tinha motivo nenhum pra me descontrolar hoje. Mas tava difícil vencer a discussão. Pra calar a boca de todo mundo, deitei e fui dormir. Azar dos afazeres acadêmicos. (Como se eu fosse conseguir fazer qualquer coisa com aquela guerra dentro da cabeça...)

Graças a Deus acordei com a sensatez falando mais alto. Tomei um banho demorado, jantei um sanduíche e segui com a minha vida. Quanto a amanhã, amanhã eu resolvo. Mas acho que vou no shopping, sim, eu tenho certeza de que me sentiria muito mal ficando em casa, excluída. Além disso, se eu for fazer isso toda vez que tiver algum desafio... O certo é enfrentar. Chegando lá, se eu achar uma refeição light, ótimo. Se não achar, como uma quantidade controlada da refeição calórica que for. Chegando em casa, o controle continua, nada de "folga o resto do dia". Esse é exatamente o tipo de coisa que me levou a falhar das outras vezes. Dessa vez, vou entrar em todas as brigas que tiver que entrar, e pra ganhar. *

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Três momentos

Hoje foi um daqueles dias indefiníveis... Sabe quando as coisas não param de acontecer? Uma boa, uma ruim, uma média, e o seu humor variando junto? Hoje foi assim. Escolhi três momentos do dia para ilustrar.

1) Às três e meia da tarde, logo após o final de uma aula, em uma manifestação da Síndrome Psicótica de Final de Semestre Nervosa, tive uma crise de choro. Era puro desespero, falta de perspectiva, cansaço. Trabalhos demais, prazos curtos, idéias escassando... Soube hoje que todas as minhas idéias para o projeto de inglês não serviam e que preciso inventar outra. E faltam só mais três aulas. Além disso, há dois trabalhos para essa disciplina que faço nas quintas à noite que me atormentam. E hoje é quinta (porque ainda não fui dormir), e sabendo que teria a aula mais tarde, bateu o desespero. Mas foi bom chorar um pouco.

2) A aula seguinte foi a de Filosofia (aquela). Com ela, meu humor melhorou consideravelmente, embora eu também deva dar créditos ao fato de que eu me esforçava para não lembrar nem do projeto nem dos trabalhos. Logo depois da aula, fui me pesar, como já tinha dito que faria. A balança em que me peso fica numa farmácia dentro do campus. O resultado? Quase dois quilos e meio a menos: 77,450.

3) Alguns minutos antes de começar a aula da noite, que não é no meu prédio, sentei em uma sala vazia, ao lado da janela. Como estava no sexto andar, tinha uma ótima visão do pedaço de lá do campus e da rua, logo atrás. Fiquei olhando os carros passarem, lá longe, tudo iluminado por aquele sol de fim de tarde, enquanto um arzinho fresco acariciava o meu rosto. Tudo o que eu tinha dentro da cabeça sumiu e eu fui invadida por um sentimento tão bom que deu vontade de chorar. Me senti na mais completa e emocionante paz.
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Quero agradecer a todo mundo que me parabenizou pelo aniversário de um mês do blog. Estou sempre comentando aqui a importância do blog e de todas vocês nesse processo, o quanto isso tudo está me ajudando. E agora, com mais dois quilos mandados para o espaço, o incentivo só aumenta! Obrigada, obrigada, e vamos em frente, sempre em frente! Edit: esqueci de perguntar: Melina, que comentou, você tem blog? E você, Márcia, que já comentou outras vezes também? Kikaoliveira, que também comentou no outro post, seu perfil não está disponível e por isso não pude entrar no seu blog, se puder deixar um link! Eu gostaria de poder retribuir todas as visitas e o apoio que recebo!

Amanhã é dia sete, o dia livre. Embora seja o dia oficial da jaca permitida, o dia livre também é um exercício de controle. Ele faz parte do meu programa de controle e continuará fazendo enquanto eu julgar que preciso dele. O nome "livre" pode dar a impressão de que não há nenhuma regra, o que não é verdade.

No dia sete, eu como coisas que não me permitiria comer nos outros dias, e em quantidades que, embora não sejam as exorbitâncias que eu consumiria se não estivesse me controlando, também não seriam permitidas nos outros dias. Entretanto, eu faço refeições. Não como coisas em horas não justificadas, como nos horários da refeições. Assim sendo, não há binges. Não há, e ponto.

Eu ainda preciso do dia livre no final da minha semana de controle. Ele é o escape para as compulsões de durante a semana, e também, por que não dizer, um exercício do "controle da liberdade". Afinal, depois que eu já tiver emagrecido tudo o que eu quero, eu vou ter que continuar me controlando. Vou ter que saber dosar os limites e as liberdades. É bom ir treinando desde já. *